entreaberta a porta
a memória sem convite
invade o espaço livre
guardado para os sonhos
ainda por viver.
eu que a julgava morta...
corro a fechá-la à chave
não a volto a abrir
raios partam a porta
e a memória!
quero os sonhos à solta
nesta terra magoada
mas revolta
onde só esperam
tempo para florir.